quarta-feira, 8 de abril de 2009
Jornalista Com ou Sem diploma?
O Dia do Jornalista é comemorado, no Brasil, no dia 7 de abril. Na noite dessa terça-feira, jornalistas, estudantes e professores realizaram uma mesa-redonda no salão de atos do Centro Universitário Franciscano para discutir a ‘problemática do diploma de Jornalismo’.
Participaram o jornalista Ludwig Larré, representando o Sindicato dos Jornalistas; o professor da UFSM, Rondon Castro; a professora da Unifra, Aurea Evelise Fonseca; e a aluna do curso de Jornalismo, Flavia Alli.
Leia a notícia completa em Agência CentralSul
terça-feira, 7 de abril de 2009
Parabéns, jornalista, hoje é o seu dia!
Saiba que estão querendo lhe tirar este direito!
Está em votação no Supremo Tribunal Federal o Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência de diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Sem essa obrigatoriedade, pessoas não capacitadas poderão exercer a profissão, o que vai causar um prejuízo para toda a sociedade.
O argumento de alguns ministros do Supremo de que a exigência de diploma para jornalismo vai contra a liberdade de expressão é errado, pois todos podem ter acesso à comunicação desde que produzida por profissionais qualificados que passaram por uma Universidade, na qual tiveram conhecimentos sobre ética, legislação, teorias de comunicação e formas de se passar uma notícia.
A votação estava prevista para o dia 1º de abril, mas foi adiada.
A luta continua!
Está em votação no Supremo Tribunal Federal o Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência de diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Sem essa obrigatoriedade, pessoas não capacitadas poderão exercer a profissão, o que vai causar um prejuízo para toda a sociedade.
O argumento de alguns ministros do Supremo de que a exigência de diploma para jornalismo vai contra a liberdade de expressão é errado, pois todos podem ter acesso à comunicação desde que produzida por profissionais qualificados que passaram por uma Universidade, na qual tiveram conhecimentos sobre ética, legislação, teorias de comunicação e formas de se passar uma notícia.
A votação estava prevista para o dia 1º de abril, mas foi adiada.
A luta continua!
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Marcha estadual a favor do jornalismo regulamentado
A luta pelo diploma continua. Jornalistas e acadêmicos de diversas instituições do Estado saíram às ruas de Porto Alegre na manhã dessa terça-feira, dia 31, para, mais uma vez, defender a categoria. O protesto integra uma série de manifestações programadas em todo o país, um dia antes de entrar na pauta de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) o Recurso Extraordinário que prevê o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão.
A mobilização contou com o apoio do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Federação Nacional dos Jornalistas e dos integrantes do Núcleo de Estudantes do Sindicato e do Movimento Jornalistas por Formação RS. Estavam presentes estudantes de diversas faculdades gaúchas: Unifra, UFSM, PUC, Ulbra e Ufrgs.
O vice-presidente da Fenaj, Celso Schröder, condena a desregulamentação do diploma: “A informação é bem público, não pertence à empresa, seria privatização. Autorização para ‘ter a informação’ foi conquistada por acordos com MEC e o registro é o diploma”.
Schröder cita Nilson Lage para explicar que o Jornalismo tende a voltar à mercantilização, onde picaretas usavam as informações, se a empresa tiver o controle: “A informação fica à mercê de interesses econômicos”.
A liberdade de expressão é direito constitucional. Mas para Schröder, é obrigação dos jornalistas. “Aprendemos técnicas jornalísticas e a discernir o que é de interesse público. A profissão é digna e precisa ser melhor possível. O jornalismo pauta a sociedade”. Sociedade que também perde em qualidade com a desqualificação das informações recebidas.
Os jornalistas são formados pela academia para trabalhar no mercado de trabalho. O que não significa que produzirão apenas o que o mercado espera. Ao terminarem a faculdade, com o diploma nas mãos, têm autonomia: “É inversão completa anular o papel da universidade que no mundo todo é lugar de instrumentação, experiência, pesquisa e novidade”, critica Schröder.
Na passeata, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, também comentou que nesta quarta-feira podemos presenciar um novo golpe para a democracia. O sindicalista fez uma alusão ao golpe de 1º de abril de 1964, responsável por instaurar a ditadura no Brasil e restringir a liberdade de expressão.
A força estudantil
A campanha a favor do diploma deu origem a uma relação que até pouco tempo não existia entre Sindicato e estudantes. Os grupos consolidaram uma grande parceria a partir da criação da Comissão do Núcleo Estudantil, um espaço dedicado aos futuros profissionais. O Núcleo tem em torno de 40 membros que discutem sobre questões pertinentes à categoria. Os encontros são nos sábados à tarde, no Sindicato, e estão abertos a estudantes.
Nessa manhã, o representante da Comissão, Laion Espindula, esperava que, com o protesto, o STF ouvisse os manifestantes e votasse a favor do jornalista. “Retirar a obrigatoriedade do diploma é um retrocesso. Devemos discutir a qualidade da formação”, afirma. O mobilizador complementou: “Se a lei que regulamenta a profissão de jornalista for extinta, não haverá como defender os direitos da categoria”.
A acadêmica da Ufrgs, Victória Jurkfitz, 20 anos, protestava pela sociedade: “Defendo a causa não só pelo meu futuro, mas acho que sem faculdade as pessoas não vão conseguir fazer um bom jornalismo.”
Santa-marienses em defesa do jornalismo diplomado
Durante a caminhada, que iniciou na Praça da Matriz, uma jovem prendia a atenção, não só dos pedestres, como dos demais manifestantes. O que atraía tantos olhares era o papel que exibia com orgulho: uma cópia do diploma de jornalista. Acompanhada por um grupo de estudantes da Unifra e da UFSM, Ana Bitencourt, 34 anos, partiu de Santa Maria rumo à capital gaúcha para continuar defendo a obrigatoriedade do certificado. “O meu diploma é uma conquista recente e é um direito. A classe tem que se unir”, relata a recém-formada.
Fonte: Agência CentralSul de Notícias
Deputado Federal Paulo Pimenta apóia movimento de Jornalistas
O Deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS) levou sua manifestação de apoio aos estudantes e profissionais do Jornalismo, na tarde desta quarta-feira (1°), que acompanharam no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento de recurso contra o diploma para o exercício da profissão. O tema acabou saindo da pauta a pedido do Ministro Gilmar Mendes, e não foi divulgada nova data para o julgamento.
Pimenta, que é jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), considerou positiva a retirada do tema da pauta do STF e parabenizou os integrantes do movimento pela regularização do diploma, mas aletrou que a mobilização por todo o país deve permanecer intensa. “As articulações por todo o Brasil devem continuar resistentes, a fim de se evitar um retrocesso no campo da comunicação e, principalmente, na formação da sociedade brasileira”, alertou o deputado.
Durante essa semana, no Plenário da Câmara dos Deputados, Pimenta já havia se manisfestado contra a desregulamentação, defendendo que a derrubada do diploma atende em especial aos detentores dos controles dos principais meios de comunicação. O parlamentar ainda destacou a necessidade do ensino superior para qualificação do profissional e também fez referência aos aspectos relativos à pesquisa científica no campo da comunicação, que a cada dia está mais complexo e possui maior relevância social. “Defendo a formação acadêmica do profissional de jornalismo pela garantia de uma informação de qualidade, comprometida com uma formação adequada, frente às novas tecnologias e novas formas de comunicação”, argumentou Pimenta.
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